terça-feira, 12 de abril de 2011

Um bom começo


A presidenta Dilma Rousseff (na foto com o presidente da China Hu Jintao), e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, anunciaram hoje (12 de abril) que a Apple e a Foxconn vão fabricar iPads no Brasil. Segundo Mercadante, a produção vai começar em novembro.

Vamos torcer para que a nova fábrica também monte MacBooks, MacBooks Pro, iMacs, Macs mini e Macs Pro. Com a produção nacional, o preço dos produtos Apple vai cair dramaticamente, derrubando o maior obstáculo à popularização da plataforma no país.

Ontem, alguns sites divulgaram notícias sobre uma suposta mudança da razão social da Apple Brasil na Junta Comercial do Estado de São Paulo para incluir atividades industriais. A informação foi desmentida pela própria Apple.

Até o fim da tarde, a Apple e a Foxconn, não haviam confirmado a informação sobre a nova fábrica. A Foxconn, um dos fabricantes terceirizados de produtos Apple na China, já te fábrica no Brasil.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os 10 anos do sistema que já nasceu 10

Ele já faz parte das nossas vidas, tanto que já não conseguimos imaginar nossos Macs sem ele. Fruto da reconciliação da Apple com Steve Jobs, o Mac OS X completou 10 anos no dia 24 de março. É verdade que nossa convivência com o novo sistema nem sempre foi tão boa. O começo foi bem difícil, mas aos trancos e barrancos o Mac se tornou, além de amigável, uma plataforma robusta e estável.

Nos anos 90, a Apple buscava criar as bases do Mac OS do futuro: um sistema com multitarefa preemptiva e memória protegida, livre de bombas e de erros tipo 10, 11, 12 e similares. Seria o Mac OS 8, codinome Copland. Depois de uma sequência de prazos não cumpridos, atrasos intermináveis e muito tempo e dinheiro desperdiçados, engenheiros e executivos da companhia perceberam que não teriam sucesso na tarefa de reescrever o sistema. Foi aí que surgiu a ideia de comprar um sistema operacional já existente, incorporando a ele uma interface gráfica Mac.

A primeira opção estudada foi a compra da Be Inc, empresa fundada por um ex-vice-presidente da Apple, Jean-Louis Gassé, que tinha um sistema que já rodava em Macs e computadores Mac-compatíveis (lembrem-se que estávamos na época dos clones) com processador PowerPC, o BeOS – que mais tarde viria a ganhar versão para PCs Intel.



Correndo por fora, eis que surge a NeXT, empresa fundada por Steve Jobs após sair da Apple, em 1985. A NeXT, que chegou a produzir computadores de 1987 a 1993, com processadores da família Motorola 680x0 (os mesmos dos Macs 68k), havia-se transformado em uma empresa de software. Seu sistema operacional, o NeXTStep (captura acima), foi portado para as arquiteturas Intel x86, PA-Risc e Sparc. Era um sistema do tipo Unix, baseado no kernel Mach mais o código-fonte do BSD, com suporte à linguagem Objectvive-C e à programação orientada a objetos.

No dia 20 de dezembro de 1996, a Apple anunciou a compra da NeXT e a volta de Steve Jobs à companhia, como consultor. Paralelamente ao desenvolvimento do novo sistema, que aproveitaria a base da NeXT, a Apple continuou o desenvolvimento do Mac OS clássico, incorporando ideias do finado projeto Copland. Já o novo OS, com o codinome Rhapsody (posteriormente Mac OS X, onde X é 10 em algarismo romano), teria uma estrutura modular, incorporando aos sólidos fundamentos Unix uma “interface Mac avançada”, suporte aos aplicativos clássicos. Em julho de 1997, com a demissão de Gil Amelio, Steve Jobs assumiu o posto de CEO interino (o adjetivo “interino” perduraria até 2000).

No dia 16 de março de 1999, surge o primeiro fruto do Rhapsody, o Mac OS X Server 1.0. Era, basicamente, um sistema com a base do NeXTStep e a interface do Mac OS 9. Mas o Mac OS X propriamente dito só teve seu primeiro beta público lançado em setembro de 2000. O sistema pronto (ou quase) só veria a luz do dia em 24 de março de 2001, como eu disse lá no início.


O Mac OS X 10.0 Cheetah (captura acima) não estava completo: tinha uma série de lacunas, inconsistências e falhas de desempenho e funcionalidade. Era, na prática, um sistema beta pago, tanto que o update para a versão 10.1 Puma, em setembro de 2001, foi gratuito. Um ano depois chega o OS X 10.2 Jaguar, trazendo mais recursos e melhor desempenho. O Exposé, que é uma mão na roda, aparece no Panther (10.3), lançado em outubro de 2003. Até aqui, todos os updates deixavam o sistema mais rápido.

O OS X 10.4 Tiger demorou um pouco mais para aparecer: chegou em abril de 2005, preparando a ainda não anunciada transição da arquitetura PowerPC para Intel x86. Foi – foi não, é, ainda tenho em casa um eMac rodando o Tiger 10.4.11 – o primeiro Mac OS portado para Intel. Um ano e meio depois surge o Leopard (10.5), o primeiro sistema descendente do BSD a receber certificação Unix e o último Mac OS X a suportar a arquitetura PowerPC.

O Mac OS X atual, versão 10.6 Snow Leopard, chegou em agosto de 2009. Rodando exclusivamente em Intel, está otimizado para a nova arquitetura. No próximo inverno deve chegar o Lion (10.7), que promete incorporar alguns recursos do iOS (sistema derivado do OS X que roda no iPhone, iPod Touch e iPad).

Nesse período, nem todas as mudanças foram bem-vindas, mas a chegada do OS X trouxe mais ganhos do que perdas. Perdemos as janelas que viram abas e a lupa que permitia navegar pelas pastas, do OS 8, e o ícone do Mac feliz na inicialização, que existia desde o System 1.0, mas ganhamos o Exposé e o Spotlight. Perdemos o menu Apple customizável, mas ainda podemos usar menus hierárquicos para navegar por discos e pastas se arrastarmos o ícone para o lado direito do Dock e escolhermos a visulaização por lista.

Parabéns atrasado, Mac OS X!

quinta-feira, 3 de março de 2011

iPad 2, mais do mesmo


Diversas piadas infames circularam na rede após Steve Jobs apresentar ontem a segunda geração do iPad: “iPad 2: mais fino que Steve Jobs”, “Steve Jobs 2, 33% mais fino que a versão anterior” e outras do gênero. O CEO da Apple está de fato mais magro do que antes e a nova versão da tablet da Apple está 33% mais leve e mais fina.

O novo processador é o A5 dual-core de 1 GHz, que promete o dobro do desempenho da CPU anterior, um chip A4 com o mesmo clock. A tela é a mesma, de 9,7 polegadas, com resolução de 1.024 por 768 pixels. Confirmando o boato, o equipamento vem com duas câmeras, uma frontal (640 por 480 pixels) para videoconferência, e outra na parte traseira, 720p. Jobs não revelou quanto o novo iPad tem de memória, mas há rumores de que tenha duplicado, passando de 256 para 512 MB.

Nos EUA, ele estará a venda a partir da sexta-feira da semana que vem, com preços que variam de US$ 499 (16 GB Wi-Fi) a US$ 899 (64 GB Wi-Fi + 3G). Não há previsão de lançamento no Brasil.

Durante o evento, o vice-presidente sênior de software iOS da Apple, Scott Forstall, apresentou a nova versão do sistema operacional, a 4.3, que promete melhor desempenho e mais facilidade de uso. No mais, é aquele sistema limitado e fechado que não permite ao usuário sequer instalar os programas que quiser. Mas há quem goste, tanto que o iPad é líder de mercado na categoria.

Ainda não foi dessa vez que o Mac OS X chegou ao iPad :-(

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Alta performance


No aniversário de Steve Jobs, quem ganha o presente é você! Parece texto de comercial de varejo, mas poderia ser uma introdução à nova linha MacBook Pro, apresentada hoje pela empresa de Cupertino. Equipados com processadores Intel de até quatro núcleos, os novos modelos prometem uma performance surpreendente – graças também às tecnologias de Turbo Boost 2.0 (que eleva o clock até 3,4 GHz), Hyper-Threading (que dobra virtualmente os núcleos dos processadores), controladora integrada à memória, chip gráfico AMD Randeon com até 1 GB de memória dedicada e a nova porta Thunderbolt.

A tecnologia de transmissão de dados Thunderbolt tem dois canais de 10 Gbps, garantindo uma velocidade de entrada e saída até 12 vezes mais rápida que a FireWire 800 e 20 vezes mais rápida que a USB 2.0, permitindo o encadeamento de até seis dispositivos, incluindo a tela do laptop. Mas as conexões FireWire 800 e USB 2.0 continuam presentes.

Outra novidade é a câmera FaceTime de alta definição. Também estão presentes o Magic Trackpad e a bateria com duração de até sete horas.

Na Apple Store, os preços da nova linha MacBook pro começam em R$ 3.599,00 (modelo de 13 polegadas). Saiba mais no site da Apple Brasil.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Limpeza estética

Para você que é designer ou é um leigo, como eu, que se interessa por design, um filme imperdível é Helvetica, um documentário sobre o tipo (“fonte”) homônimo. Criada em 1957, a Helvetica ficou associada ao modernismo e à escola Bauhaus. Disponível nos torrents da vida, o longa aborda a onipresença da fonte, que pode ser vista em logotipos, anúncios, placas de sinalização, luminosos e tantos outros lugares. Essa superexposição do tipo divide a opinião dos designers.

Um dos detratores cita a versão “genérica” da Helvetica, a Arial – uma praga que se disseminou graças à Microsoft, que obteve o licenciamento da fonte por ser mais barata que a original. Criada em 1982, a Arial virou uma das fontes padrão do Windows 10 anos depois, tornando-se uma espécie de Helvetica dos países emergentes. É mais um dos efeitos nefastos da popularização do sistema da Microsoft como “padrão de mercado”. A Apple, por sua vez, paga os royalties à Linotype, por isso o Mac já vem com a Helvetica original instalada.


Se o uso da Helvetica pode ser visto como falta de criatividade ou mais do mesmo, o que se dirá de sua imitação barata? Enquanto a original divide opiniões, a Arial é unaminidade: não existe no mundo tipo mais medonho. Embora os dois tipos sejam assemelhados, a diferença entre eles salta aos olhos em alguns caracteres, como as letras maiúsculas R, G e C, as minúsculas a e t e os números 1 e 2. Se você é bom observador, vai se dar bem nesse quiz: qual é a original (Helvetica)? Das 20 questões, 18 são facinhas. Mattel e Toyota, em caixa alta, não são tão óbvias e exigem olhos muito bem treinados.


Se você, como eu, não suporta a Arial, existe um jeito fácil de se livrar dela: abra o aplicativo Catálogo de Fontes.app, selecione todas as versões da famigerada, control-clique (ou clique com o botão direito nos mouses de múltiplos botões, ou ainda clique com os dois dedos no Magic Trackpad) e selecione “Desativar Fontes” no menu contextual. Imediatamente, se você abrir o Safari, por exemplo, todas as páginas que estariam em Arial passam a exibir a Helvetica. Desativar a fonte é mais seguro que deletar, porque se você tiver problema com algum aplicativo, como os do pacote Office, da Microsoft, basta reativar a desgraçada.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O hino dos excluídos do mundo Mac

Os Seminovos, Eu não tenho iPhone

Eu vejo dedos deslizando sobre a tela
E penso: "Como eu queria ter uma coisa daquela!"
Fico triste quando vejo a marca da maçã mordida
Ela me lembra que eu não estou bem de vida

Que vergonha do meu celular que tem teclinha
É um modelo made in China de segunda linha
Sou revoltado mas eu tenho meus motivos
Essa merda que eu comprei não roda aplicativos!

(Refrão:)
Eu não tenho iPhone
Eu não tenho iPod
Eu não tenho iPad
Aí fode
Porque com o que eu ganho
Eu só consegui ter
Um pré-pago sem 3G

O velho desktop é uma outra dor minha
Tem monitor de tubo e mouse com bolinha
Meus amigos levam seus iBooks numa mão
Mas meu computador só sai de caminhão

Malditos geeks sempre descolados
Pra eles usuário de Windows é um pobre coitado
Vivem perguntando por que eu não compro um iMac
Mas ninguém me diz: "Deixa que eu pago! Pegue o cheque!"

Alívio!


Outra foto divulgada no Flickr da Casa Branca mostra Steve ao lado de Obama.

Futuro incerto

Agências de notícias informam que o CEO licenciado da Apple, Steve Jobs (fotos), participou ontem à noite do encontro do presidente dos EUA, Barack Obama, com executivos do Vale do Silício. Apesar de o encontro ter ocorrido a portas fechadas, a Casa Branca divulgou uma única imagem da reunião, onde se vê Obama em conversa com Mark Zuckerberg, do Facebook, Carol Bartz, do Yahoo, e Eric Schmidt, do Google.

A ausência de Jobs na foto só faz aumentar o mistério, a especulação e a boataria sobre seu estado de saúde. Ontem, o tabloide sensacionalista National Enquirer publicou matéria informando que o cofundador da Apple teria apenas seis semanas de vida. A previsão foi feita pelos médicos Gabe Mirkin e Samuel Jacobson, que não tiveram acesso ao prontuário de Jobs, com base em fotos que mostram um homem extremamente magro e debilitado, supostamente o CEO da Apple. Segundo Mirkin, as fotos mostram perda extrema de massa muscular, inclusive nos glúteos, último local onde o corpo busca energia. “Está em estado terminal”, diagnostica. Jacobson vai além: “Diria que tem apenas mais seis semanas”, prevê.


Steven Paul Jobs, que completa 56 anos na próxima quinta-feira, nasceu em San Francisco, na Califórnia. No dia 1.º de abril de 1976, juntamente com o amigo Stephen Gary Wozniak, um gênio da eletrônica, fundou a Apple Computer, que lançou seu primeiro computador pessoal, o Apple I, em forma de kit. No ano seguinte veio o Apple II (ou Apple ][), trazendo novidades como gráficos coloridos, armazenamento em disquetes de 5,25 polegadas e um “aplicativo matador”, a planilha Visicalc.

Impressionado ao ser apresentado à interface gráfica com o usuário (GUI) numa visita aos laboratórios da Xerox, em 1979, Jobs foi responsável pelo lançamento comercial dessa tecnologia, com os sistemas operacionais do Apple Lisa (1983) e do Apple Macintosh (1984). O sucesso do Mac fez a GUI ser copiada por outros sistemas, como o Atari ST, o Commodore Amiga e o Microsoft Windows. O próprio Apple ][ chegou a ter uma interface gráfica em seus últimos modelos.

Expulso da companhia em 1985, após um embate com o então CEO, John Sculley, Steve Jobs fundou a NeXT, empresa de computadores que lançou um sistema operacional gráfico baseado em Unix, o NeXTStep. Em 1986, comprou da Lucasfilm a produtora de animação Pixar, responsável por filmes de sucesso como Toy Story.

Na Apple, os anos 90 foram marcados por sucessivos atrasos no projeto de um sistema operacional mais robusto e moderno, várias trocas de CEO e anos de balanço no vermelho. Em 1996, a Apple comprou a NeXT de Steve Jobs, trazendo-o de volta à companhia como consultor especial e usando o NeXTStep como base para o futuro sistema operacional do Mac, que viria a ser o Mac OS X. Logo depois Jobs se tornou “CEO interino”, sendo responsável pelos lançamentos das linhas PowerMac G3 e iMac. A Apple voltou a ser sinônimo de inventividade tecnológica e design de vanguarda. Até a arquirrival Microsoft decidiu investir na Apple, comprando ações sem direito a voto.

No novo milênio, a Apple, sob o comando de Jobs (a essa altura CEO sem o adjetivo “interino”), lançou o OS X, o iTunes, o iPod, o iPhone e o iPad. Também promoveu a migração dos Macs da arquitetura Risc PowerPC para a arquitetura x86 da Intel, permitindo que o Windows e as distribuições x86 do Linux rodem nativamente no Mac, ao mesmo tempo em que o OS X, com algumas gambiarras, possa rodar em PCs genéricos.

O que seria da Apple sem Steve Jobs? É essa incerteza que, aliada aos rumores sobre a saúde do CEO, provocou a queda das ações da companhia. Vamos torcer para que as fofocas não se confirmem e que Jobs se recupere plenamente e reassuma o comando da Apple. Também esperamos que, em caso de afastamento do cofundador, a empresa consiga caminhar pelas próprias pernas e manter sua trajetória de sucesso e inovação.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Em alta

A tendência de queda na circulação de revistas e jornais impressos do mundo inteiro parece não afetar uma publicação britânica especializada em Mac. A editora Future Publishing anunciou ontem o aumento de 6% na circulação paga da MacFormat em 2010. De janeiro a dezembro do ano passado, a revista vendeu em média 28.904 exemplares, dos quais 19.884 foram distribuídos no Reino Unido e na República da Irlanda e o restante em outros países.

Publicada mensalmente desde 1993, a MacFormat é velha conhecida dos macmaníacos, inclusive no Brasil. Em meados dos anos 90, quando o acesso à internet engatinhava no país, ainda via linha discada, a publicação era muito popular na comunidade Mac, por trazer CDs com jogos, utilitários, recursos de sistema e outros softwares úteis. Atualmente, adquirir um exemplar tornou-se impraticável devido ao alto custo, em torno de R$ 100. É praticamente o valor de uma assinatura anual da versão digital.