O que pouca gente se lembra é que a Apple já montou Macs low-end no Brasil, por volta de 1997. O modelo escolhido foi o Macintosh Performa 6360 (foto acima). Tinha CPU PowerPC 603e rodando a 160 MHz, 8 MB de RAM soldados na placa lógica e dois slots DIMM de 168 pinos compatíveis com módulos de 8, 16, 32 e 64 MB cada, HD de 1,2 GB, leitor de CD 8x e drive de disquete. Suportava as seguintes versões do software de sistema: System 7.5.3, System 7.5.5, Mac OS 7.6, Mac OS 7.6.1, Mac OS 8.0, Mac OS 8.1, Mac OS 8.5, Mac OS 8.6 e Mac OS 9. O form factor (gabinete) era o mesmo do bom e velho Quadra 630.
A linha Performa representou a tentativa da Apple de recuperar terreno no mercado doméstico, dominado pelos PCs Windows. Embora seus preços fossem competitivos, esses Macs tinham limitações de performance e de upgrade.
Foi nessa época que a Apple desenvolveu sua breve política de clones, licenciando o Mac OS para outros fabricantes, tais como a Power Computing (foto acima), Umax, Genesis e Motorola. A ideia era transformar a plataforma PowerPC em um novo padrão de mercado, substituindo os PCs padrão IBM rodando Windows. Não deu certo: os Mac-compatíveis não roubaram mercado dos PCs, apenas canibalizaram a venda dos Macs da Apple. Talvez a política de licenciar o sistema tivesse funcionado se fosse adotada desde o lançamento do Macintosh, em 1984. Uma das primeiras medidas de Steve Jobs ao voltar para a empresa que fundou foi acabar com os clones.
Nos últimos 5 anos, voltou-se a falar em clones. Com a migração para os processadores Intel (e, consequentemente, para o código x86), tornou-se possível, com algumas gambiarras, instalar e rodar o Mac OS em PCs comuns, desde que bem configurados. Tal prática, porém, não é autorizada pela Apple.
Hoje, o que a empresa faz é terceirizar a produção, mas sempre vendendo os Macs com a sua marca. E é justamente essa montagem terceirizada que Eike Batista quer trazer para o Brasil.
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